
Então cai a ficha de que: os olhos deles veem você como uma mulher, enquanto você mesma, não consegue de forma alguma se ver assim.
Sentir o mesmo enjoo, o mesmo pavor das horas, a mesma angustia, e é sempre igual... A vontade de parar, de ficar alienada de mim, porque todos os anos passaram e eu não movi tanto assim, por mais longe que eu tenha ido, eu voltei.
E isso é tão difícil de se perdoar... Tentando ser tão alta, e mais que o som, eu me forcei a ser assim, e de repente, eu repeti, e não parei, e então tudo mais uma vez se volta pra mim, e me faz lembrar:-"eu sou tão jovem", há tanto tempo sou tão jovem, e ainda sou tão jovem...
Isso tudo é o medo de não ser mais jovem?
Meus sonhos implodiram, e agora os objetivos são fiéis a uma vida automática. Não é mais um lamento, é só uma passagem, e eu sempre temi que tudo se torna-se só uma passagem.
É a velha guerra entre mim e eu mesma. É o mesmo choque entre o positivo e o negativo que por toda essa minha vida, me ajudou e me atrapalhou.
Você cresce, você vê seus desejos partirem seu coração.
Você cresce, você sente seus traumas e frustrações, de quando ainda não tinha capacidade de discernir as coisas.
Então você cresce, e opta por novas opiniões!
E então, somente cresce, e envelhece na medida da passagem natural da vida.
É o par de dramas, os caminhos perfeitos e imperfeitos das causas todas, é o peito aberto pronto pro abrigo que pode não vir, é o peito rasgado e ferido, e mesmo assim é o peito que leva o sentimento, o sorriso e as lágrimas de cada detalhezinho, de cada momento.
Eu desisti de existir somente. E então o desejo me tomou por completa, e a vida então parou.
Estou estagnada já tem anos, e então o que me falta na verdade, é sorte, o intento.
"Obrigada Deus por estar comigo até aqui".
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